quarta-feira, 24 de junho de 2015

Porto dispensa consultoria, o que encarece projetos

Maquete do porto projetado para Natal veiculada hoje pelo "Novo Jornal".

O Rio Grande do Norte não precisa gastar com muitos estudos e consultoria - que a tudo fermenta - para elaborar honestamente um projeto para a implantação de um porto na margem esquerda do estuário Potengí, em Natal, anunciado na semana passada pelo governador Robinson Faria. 
E não porque um projeto neste sentido tenha sido “elaborado” em poucos dias por um ente privado comandado pelo suplente de senador Jean-Paul Prates (PT).
Quase todo o projeto de uma grande unidade portuária para mudar o por do sol do Potengi foi legado ao Rio Grande do Norte pelo falecido almirante Artur Ricart da Costa quando trouxe o comando do Terceiro Distrito Naval de Recife para Natal.
Novo projeto para um porto à esquerda do Potengí será mostrado em julho...
Usando essa base, o Rio Grande do Norte pode economizar muito em dinheiro, ganhar tempo e inserir o projeto no grande e requentado plano de investimentos em logística que Brasília divulgou há poucas semanas.
É bom salientar isto ainda nesta quarta-feira, 24, hoje, como fiz hoje na minha coluna semanal no “Novo Jornal”, porque está tomando corpo em Natal a impressão de que o Estado tende a encampar o projeto, lançado há poucos dias pelo economista e advogado Jean-Paul Prates, suplente de senador pelo PT e uma das principais autoridades em energia nesta parte do mundo.
...pelo suplente de senador Prates.
Imprescindível é conhecer o projeto que a marinha de guerra elaborou nos anos setentas porque nele estão as bases do que pode vir a ser uma grande alavanca para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte.
E é bom também completar o projeto, a ser lançado em julho, como anuncia a mídia, com suas melhores conexões com os ramais ferroviários existentes no Rio Grande do Norte. Talvez, até, para esta unidade federativa, tão ou mais importante ou do que o empreendimento portuário em Natal seja montar uma malha que traga para ele produtos do Seridó e do Oeste.  
Terceira ponte
O novo Porto de Natal não parte da premissa de desativação do atual porto, que deverá ser reconfigurado para usos específicos e especializado em passageiros e cargas de alto valor agregado. Na nova área de expansão (8,7 km2), bem mais ampla e mais acessível por terra e por água, seria instalado um complexo portuário de importância continental - inédito na região Nordeste por se localizar em ambiente operacional de águas protegidas, ainda assim, capaz de comportar os grandes cargueiros atuais, tanto graneleiros quanto de containers.
O novo complexo seria composto de um cais de 2.500 metros com 600 metros de largura, um canal de acesso de 250 metros de largura e iniciais 15-17 metros de calado com uma baía de manobra/evolução de 600 metros de diâmetro. Além disso, comportaria integração ferroviária e rodoviária com o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante e com as Zonas de Processamento para Exportação (ZPEs) e distritos industriais da Grande Natal. 
Terceira ponte sobre o Potengí é parte do projeto do porto.
O projeto também incorpora a construção da Terceira Ponte sobre o Rio Potengi, cuja concepção arquitetônica e urbanística é sugerida na proposta. “O projeto não é só de um Porto, e sim uma revisão total da configuração urbana das margens do Rio Potengi naquele importante trecho que se estende da Ponte do Igapó até a Ponte Newton Navarro. Uma intervenção deste porte, força uma revitalização geral, com benefícios que vão além dos usuais que um projeto destes traria. Um exemplo é o efeito positivo que trará o novo porto do Rio de Janeiro, entre outros exemplos mundo afora” afirma Prates.
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(Em 150624).  

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