terça-feira, 4 de agosto de 2015

Luiz Almir deixou o PV

Deixando o PV, Luiz Almir se habilitou a ser o candidato de Robinson.
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ROBERTO GUEDES
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Cada vez mais vinculado ao governador Robinson Faria, presidente regional do PSD, e acreditando já ter-se transformado no candidato desta legenda à sucessão do prefeito Carlos Eduardo Alves, o vereador Luiz Almir Filgueira Magalhães já oficializou seu desligamento do PV, cujo diretório em Natal presidiu durante os últimos meses.
A informação foi confirmada ao Blog de Roberto Guedes pelo presidente regional do PV, sociólogo e ambientalista Rivaldo Fernandes, adiantando que a legenda está atraindo do PCB o próximo presidente do diretório natalense. O escolhido é o também sociólogo Roberto Lopes, que já disputou a prefeitura de Natal.
Rivaldo acrescentou que Luiz Almir saiu muito corretamente, comunicando em carta ao diretório regional os motivos para sua desfiliação.  
Seu gesto o habilita a ser logo anunciado pelo Governador como o candidato de seu grupo a prefeito de Natal, condição que Robinson havia delegado extemporaneamente, em dezembro de 2014, ao deputado estadual Fernando Mineiro (PT), o qual, infelizmente, para os planos de Robinson, não conseguiu fazer decolar o projeto.
O Governador também ofereceu a candidatura ao engenheiro Robério Paulino, professor da Universidade Federal (UFRN) e pré-candidato pelo Psol, e ao advogado Luiz Gomes e ao deputado estadual Kelps Lima, presidentes regionais do Pen e do SDS, respectivamente.
Paralelamente, o Governador ainda investe na atração da vice-prefeita e ex-governadora  Wilma de Faria, presidente regional do PSB, que pesquisas recentes mostraram como o segundo postulante mais bem posicionado nas preferências do eleitorado, abaixo apenas de Carlos Eduardo.
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(150804 às 18h07m).
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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Robinson reluta em criar secretaria para a Grande Natal

A ressurreição do Conselho de Desenvolvimento Metropolitano de Natal, que será reinstalado no próximo dia 19, depois de quase seis anos sem funcionar, leva colaboradores do governador Robinson Faria à conclusão de que a criação de uma secretaria para a Grande Natal emprestaria o braço executivo que falta ao colegiado e ajudaria o grupo situacionista a melhor enfrentar o prefeito Carlos Eduardo Alves nas eleições municipais do próximo ano.
Carlos Eduardo já se preocupa com evitar que...
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ROBERTO GUEDES
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Aliados e colaboradores do governador Robinson Faria torcem para que até o próximo dia 19 ele anuncie a criação da secretaria estadual de Regiões Metropolitanas e Desenvolvimento Urbano, o que lhes parece fazer tanta falta ao executivo potiguar quanto um bom planejamento. Pelo que dizem, o que falta para a efetivação da medida é só a decisão governamental, que Robinson estaria evitando para não ser acusado de aumentar o número de pastas do executivo potiguar.
No dia 19, pelo que dizem, Robinson re-instalará o Conselho de Desenvolvimento Metropolitano de Natal, com a posse de todos os seus catorze integrantes, como desdobramento natural e primeiro da ação de um grupo de trabalho que mobilizou nos últimos meses em função das várias questões que afetam os municípios da área, à qual acaba de ser incorporado Ielmo Marinho.
Os defensores da criação da secretaria se dividem em dois grupos. Um é formado por correligionários que vêem a instalação, o acionamento e a apresentação de resultados de curto e médio prazos pela pasta uma grande instrumentalização do grupo liderado pelo Governador para se cacifar melhor visando à sucessão do prefeito Carlos Eduardo Alves em novembro de 2016.
A outra formação se baseia numa necessidade real, já diagnosticada com suficiência, quanto a melhor encaminhar ações de governo para uma região de doze municípios que, embora corresponda a menor de um décimo do território, concentra, hoje, mais de 40% da população do Rio Grande do Norte.
Cérebro sem corpo
Segundo integrantes desta corrente, muitas políticas governamentais vinculadas ao Estado não têm surtido efeito na Grande Natal exatamente porque não há como garantir o espalhamento de suas ações, igualitariamente, por todos os municípios da área. Para eles, a simples restauração do colegiado não oferecerá ao executivo esta eficácia, por se tratar de um cérebro sem corpo.
Na última reunião do grupo de trabalho que cuida da exumação do Conselho Metropolitano, realizada há uns quinze dias, restou patente que, para mostrar eficácia, o colegiado precisa de um braço executivo. E esta constatação está muito longe de ser nova.
Ela nasceu antes da criação do conselho, pela Lei Complementar Estadual Nº 152/1997,
Esperava-se que o então governador Garibaldi Alves Filho criasse um órgão para colocar em prática o que viesse a ser aprovado pelo colegiado, notadamente espargindo ações por todo o território dos onze municípios que a região metropolitana abrangia desde sua criação, ainda nos anos setenta.
Garibaldi Filho, entretanto, acabara de pilotar uma das mais confusas e inoperantes entre quantas reformas administrativas o executivo potiguar já recebeu, e preferiu limitar-se a criar o plenário sem o correspondente executivo para a região metropolitana. A principal decorrência foi o funcionamento cada vez mais precário do colegiado, até sua total desativação em 2010, sob a administração do saudoso governador Iberê Ferreira de Souza.   
Frágil
Tecnicamente concebido para debater e criar políticas públicas de interesse comum aos municípios que compõem a Região Metropolitana, da forma como foi criado o conselho não se impõe sequer quanto à definição dos contornos da área. Na semana passada, uma das idealizadoras da criação do colegiado, a economista Maria do Livramento Miranda Clementino, professora da Universidade Federal (UFRN), deplorou numa entrevista a jornal natalense que municípios estejam sendo incorporados à região metropolitana sem que nenhum estudo o recomende ou contra-indique.  
A mais imediata preocupação que Robinson mantém a respeito se prende a um conselho federal, pois cabe ao conselho metropolitano fazer cumprir o Estatuto das Cidades na Grande Natal. Esta necessidade lhe teria sido lembrada há alguns meses, discretamente, pelo ministro das Cidades, engenheiro Gilberto Kassab, o ex-prefeito de São Paulo que criou e preside nacionalmente o PSD, partido que o Governador comanda no Rio Grande do Norte, até para que a região contemplada receba melhor recursos que a União pode enviar apenas para regiões metropolitanas.
Nem ambulância
Além disso, o colegiado e seu braço executivo foram idealizados para que possa haver uma maior organização no crescimento dos municípios. Com toda esta relevância, não poderia adotar decisões e espalhar correspondências para que diversos órgãos as ponham em prática.  Isto se evidencia quando se lembra que entre os temas que devem ser acolhidos, debatidos e principalmente submetidos à deliberação do conselho situam-se questões de saúde, recursos hídricos,  saneamento, mobilidade urbana, segurança pública, entre outros pontos relevantes para o desenvolvimento de cada cidade.
Mostrando esta necessidade, um técnico ligado à secretaria de Planejamento e Finanças diz que, sem estrutura própria, o colegiado não terá nunca condições sequer de acionar uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) por sobre roteiros de mais de um município.
Igualdade de condições
Verticalizando o raciocínio, adverte que o conselho nunca chegaria a seu objetivo maior em relação aos programas e problemas urbanos da região, que é o de viabilizar e manter o desenvolvimento programado de cada município, gerando, dessa forma, ganhos para a população, proporcionando, consequentemente, melhor qualidade de vida.
 “Para garantir concretude às suas decisões, o Conselho precisará contar com um braço executivo, e nenhum órgão cumpriria melhor esta missão do que uma Secretaria de Estado, cujo titular estaria credenciado para recomendar, pedir, propor e cobrar aos demais integrantes do governo, falando sempre em nome dos integrantes do colegiado e principalmente do Governador”, diz o técnico.
“Com esse ‘status’, ele obterá mais ainda em termos de convergência de prefeitos para o interesse comum a mais municípios do que somente o seu”, arremata.
Erro com Mineiro
A justificativa partidária para a criação sugere que o melhor caminho que Robinson deveria adotar para evitar a reeleição de Carlos Eduardo é começar a projetar eficazmente o seu candidato a prefeito de Natal. “O melhor candidato seria mais projetado e melhor instrumentalizado se o Governador o nomeasse Secretário de Assuntos Metropolitanos, ou da Região Metropolitana”, afirma um correligionário que participou de reunião que Robinson manteve há poucas semanas sobre o colegiado.
...Wilma se transforme no candidato de Robinson.
O erro de indicar desde logo um candidato corresponderia, porém, à repetição de outro que há tempos provoca arrependimento em Robinson. Foi o de extemporaneamente anunciar, em dezembro passado, entre sua eleição e sua posse, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) como seu candidato a prefeito. Logo então, diga-se de passagem, Robinson foi aconselhado a criar a secretaria para a região metropolitana e confiá-la ao deputado exatamente para que começasse a mostrar serviço e a se credenciar numa emulação qualquer com Carlos Eduardo.
Robinson argumentou na ocasião que havia oferecido a Mineiro todas as pastas de seu governo e ele não aceitou nenhuma, mas também não se ateve à importância do projeto de criação da Secretaria da Grande Natal.
Não candidato
Para não correr o risco, o Governador estudaria também uma solução interna de não candidato a prefeito. Confiaria, então, a instalação da pasta a alguém que não fosse logo visto como postulante à cadeira de Prefeito, se bem que este assumisse o compromisso de fazer esteira, administrativamente, quem viesse a ser ungido para a disputa nas urnas.
Neste caso, o melhor nome para comandar a pasta, na equipe de Robinson, seria então o vereador George Câmara (PCdoB), atual secretário de Esportes. Integrante do conselho metropolitano original e desde então vinculado às questões que afetam a Grande Natal, sua transferência poderia selar o apoio do PCdoB ao projeto eleitoral de Robinson.
Na prefeitura de Natal, há semanas auxiliares de Carlos Eduardo o alertam para o fato de o partido estar com um pé no governo estadual e outro no municipal, ganhando tempo enquanto se aproxima a fase das convenções para indicação de candidaturas.   
Quem quer?
Sem contar com alternativa em seu grupo político, há meses ele desmonta com a discrição possível a candidatura de Mineiro e procura outros nomes. Já prospectou junto ao deputado estadual Kelps Lima, ao vereador Luiz Almir Filgueira Magalhães e ao advogado Luiz Gomes, presidentes de diretórios do SDS, PV e PEN.
George, o não candidato que poderia implantar a Secretaria e apoiar
o nome que o Governador indicar para a prefeitura.
 
Antes, sondou o engenheiro e professor Robério Paulino, da Universidade Federal (UFRN), a quem muitos atribuem colaboração decisiva para que chegasse à Governadoria em outubro último.
Robinson sabe que Robério é o candidato do Psol a prefeito de Natal e gostaria de atraí-lo e à legenda para seu palanque, pagando inclusive o preço de não influenciar sua gestão no governo municipal, apenas para evitar que a família Alves mantivesse este escaninho de poder e cogitasse de usá-lo contra sua reeleição em 2018.
Atrair o PSB
Mais recentemente, as cogitações de Robinson chegaram à vice-prefeita Wilma de Faria, a ex-governadora que preside o diretório regional do PSB e tem reclamado entre amigos porque se sente desprestigiada por Carlos Eduardo.
A atração do engenheiro Flávio Azevedo, ex-presidente da Federação das Indústrias (Fiern), para chefiar a partir de amanhã a secretaria estadual de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, se encaixaria num projeto com dois objetivos.
No campo governamental em si, Robinson passaria a contar com um cérebro para incorporar planejamento ao executivo e um interlocutor para abrir portas no seio empresarial, ao qual não vinha perdoando, até poucos dias atrás, porque lhe virou as costas na disputa governamental do ano passado.
Ao mesmo tempo, Flávio abriria a interlocução com Wilma, único político ao qual se vincula, a despeito de estar filiado ao PMDB desde 2013. Seu ingresso nesta legenda fez parte de uma estratégia que lhe permitisse ser candidato do PMDB a suplente de senador como coadjuvante de Wilma, como queria então o candidato do grupo a governador, o ministro Henrique Eduardo Alves. Fazer Wilma subir a seu palanque seria, talvez, a defecção fatal à tentativa de reeleição do burgomestre. 
Para Robinson, cooptar Wilma também representa apensar à sua bancada na Assembléia Legislativa todos os nomes do PSB, dos quais só um o apóia, ainda que informalmente, o deputado Gustavo Carvalho. O PSB poderia até emprestar-lhe um nome para a sucessão de Mineiro na liderança situacionista, e um dos cogitados seria a deputada Márcia Maia, filha de Wilma.
Prefeito receia
Se obtiver este desdobramento, Robinson poderá transformar Wilma em seu candidato e instrumentalizá-la com a secretaria de Assuntos Metropolitanos. Pesquisas de que ele dispõe sugerem duas coisas que recomendariam apostar em Wilma. Embora esteja na liderança, Carlos Eduardo tenderia a cair. E, salvo uma “zebra” empurrada pelo Psol, Wilma é o nome que mais teria chance de bater o burgomestre nas urnas.
Conhecer estas certezas, procurar evitar a concretização da primeira teria sido o que levou Carlos Eduardo a nas últimas semanas procurar devolver prestígio a Wilma, a quem vinha sistematicamente se recusando a ouvir, até através de telefone celular. Com a nova atitude e garantindo que ela seria novamente seu companheiro de chapa, procuraria inibir que ela se aproximasse de Robinson.
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(150803 às 17h28m).

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Governo do RN tem a menor dívida do país

No vermelho maior, o Rio Grande do Sul é considerado "ingovernável". 
Um jornal de Porto Alegre levantou a relação entre a dívida consolidada líquida (DCL) e a receita corrente líquida (RCL), incluindo os vários bilhões que os estados devem a título de precatórios, e apontou os dois Estados do Rio Grande nas posições extremas, apresentando o gaúcho como quase “ingovernável”.
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ROBERTO GUEDES
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O governo do Rio Grande do Norte é o que enfrenta a melhor relação entre dívida e receita entre todas as 27 unidades federativas do país, cuja pior situação aponta o Rio Grande do Sul como na iminência de quebrar.
A relação entre a dívida consolidada líquida (DCL) e a receita corrente líquida (RCL), incluindo os vários bilhões que os estados devem a título de precatórios, mostra o Rio Grande do Norte com 0,09, enquanto o Estado homônimo do sul ostenta 2,18. A relação de São Paulo, onde se concentra grande parte do sistema produtivo nacional, é de 1,54.
O levantamento foi apresentado pelo jornal “Zero Hora”, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, considerando seu Estado “ingovernável”, devido ao endividamento do executivo local, a despeito de ser um dos mais ricos em todo o país.
Caos
A reportagem revela uma situação calamitosa em todo o território nacional em decorrência de uma combinação de fatores que se arrastam e se sucedem por cerca de quarenta anos, ou mais.
Ela não menciona o fiasco a que chegou encontro que a presidanta Dilma Rousseff manteve na semana passada com os governadores, quando lhes pediu ajuda para evitar a decretação de seu “impeachment”, pretendido por congressistas e aprovado por boa parte da população brasileira.
Os interlocutores aproveitaram o momento para pedir recursos para seus estados. Mostraram que o engessamento que o endividamento impõe à economia dos governos estaduais lhes nega o mínimo para investimentos e chega a sonegar mesmo condições de pagar a folha de pessoal.
Sem nominar culpados, o estudo gaúcho atribui o endividamento a uma combinação crônica e perniciosa de gastos excessivos, descontrole e apostas erradas, cujos efeitos foram potencializados por crises econômicas nacionais e internacionais.
Pagando pelo passado
Procurando chegar à raiz do problema, o periódico ouviu alguns especialistas, um dos quais o economista Liderau dos Santos Marques Junior, da Fundação de Economia e Estatística (FEE).
“Durante décadas, governo após governo, a estratégia foi gerar déficits”, destacou Ladislau, referindo-se à relação em que as despesas são maiores do que a receita. “Era relativamente fácil fazer empréstimos e não havia maior preocupação em relação a isso, porque nas horas de extremo aperto era possível contar com o socorro da União”.
A seu ver, isto só começou a mudar em 1994, com a estabilização econômica, e em 2000, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, que impõe limite de gastos a Estados e municípios.
“Somos como aquele parente que todo mês, há anos, gasta mais do que recebe, faz novas dívidas e não consegue mais sair do buraco. Estamos pagando pela existência do Estado no passado”, sintetiza o economista João Batista Soligo Soares, técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS).
Origens
A mais recente referência que se tinha sobre o montante dos débitos dos entes federativos era um levantamento divulgado em março último pelo Banco Central. Ele diz que os 26 estados e o Distrito Federal deviam à União 416.599.605 de reais, 76,8% dos quais estão concentrados em quatro estados, justamente os de maior poderio econômico: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
A cidade de São Paulo é a terceira maior devedora individual do Tesouro Nacional, acrescentando outros 57 bilhões ao valor de reais. Portanto, trata-se de um contencioso financeiro próximo de meio trilhão de reais, construído, em grande parte, a partir de contratos de renegociação assinados entre os estados e o governo federal, no final do século passado.
Sem prejuízo dos vetores que se retroalimentam há mais de quatro décadas, os economistas vêm em profundas transformações econômicas pelas quais o Brasil passou na década de 90 a gênese da atual situação de dívidas dos estados e dos maiores municípios brasileiros com o Tesouro Nacional.
A principal teria sido a adoção do Plano Real, em 1994, que fez a inflação despencar de patamares anuais estratosféricos para décimos de ponto percentual ao mês. O resultado positivo do plano, e de outras medidas tomadas nos anos seguintes, foi obtido graças a um remédio amargo. As elevadas taxas de juros, parte essencial da estratégia para controlar os preços nos primeiros anos do real, não somente eliminaram a possibilidade de corroer, com a inflação, o valor real das despesas públicas. Elas também responderam pelo rápido aumento das dívidas, que entre 1989 e 1998, saltaram de 5,8% para 14,4% do produto interno bruto.
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(150803 às 13h48m).

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Flávio Azevedo tomará posse amanhã

Escolhido pelo governador Robinson Faria para reconciliá-lo com as classes produtoras, que já mostram engajar-se com o poder executivo em função de sua posse, o engenheiro Flávio Azevedo assumirá a secretaria de Desenvolvimento, Indústria e Comércio na hora em que o Rio Grande do Norte mais precisa lutar, para impedir que forças políticas desviem para o Ceará o centro de conexões de vôos (HUB) que a Latam tendia a instalar no aeroporto de São Gonçalo do Amarante.
Caberá a Flávio, na foto com Wilma, criar e executar....
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ROBERTO GUEDES
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Vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e duas vezes ex-presidente de sua homóloga potiguar, a Fiern, o engenheiro e empresário Flávio Azevedo tomará posse nesta terça-feira, 4, às 16 horas, amanhã, como secretário estadual de Desenvolvimento, Indústria e Comércio testemunhando o compromisso de reconciliar o governo Robinson Faria com as classes produtoras locais.
De forma abrangente, Robinson aposta em que Flávio emprestará uma agenda positiva a seu governo, que capenga também no campo do planejamento, evitando que ande de mãos abanando se representa um Estado que precisa muito ir garimpar apoios onde houver. Ele não gostou de na semana passada não levar uma pauta de interesses do Rio Grande do Norte quando foi assistir à posse do novo superintendente da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), o ex-prefeito João Paulo, em Recife, porque nenhuma das duas pastas dispunha de algo para aproveitar a ocasião.
A primeira demonstração de que o empresário se qualifica para a primeira missão está se evidenciando desde o agendamento da sua assunção ao cargo. Convites para a posse de Flávio, que será presidida pelo Governador, no auditório de seu gabinete, no Centro Administrativo, em Lagoa Nova, estão sendo emitidos por entidades representativas do empresariado, principalmente pela Fiern, cujo presidente, empresário Amaro Sales, foi eleito com o apoio do novo Secretário.
Ressentimento
Este empenho passou a se fazer necessário depois que o antecessor de Flávio na Secretaria, o economista paranaense Paulo Roberto Cordeiro, adotou atitudes que ampliaram o fosso aberto entre Robinson e o empresariado antes mesmo da campanha eleitoral que o conduziu à governadoria.
O ápice desses desencontros foi um pronunciamento em Cordeiro se contrapôs aos interesses da indústria de energia eólica ao sugerir a imposição de um ônus financeiro à atividade. Ele queria que, a exemplo da produção de petróleo, que declina no território potiguar, a geração de energia limpa pagasse “royalties”.
Na verdade, Robinson demonstrou pessoalmente grande ressentimento contra os empresários em pronunciamento que fez há poucos meses, no auditório da Fiern, ao recordar que na campanha para Governador as classes produtoras, vetorizadas pela sua anfitriã, não quiseram sequer ouvi-lo.
...a agenda positiva que falta ao governo de Robinson.
Terminou acrescentando que até secretários de seu governo haviam votado no seu principal concorrente, o então deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente regional do PMDB e desde abril ministro do Turismo.  
Cordeiro ajudou
Uma infeliz coincidência para os planos de Cordeiro quanto a permanecer no Rio Grande do Norte, para onde veio no bojo de indicações feitas pelo ministro das Cidades, engenheiro Gilberto Kassab, presidente nacional do partido de Robinson, o PSD, e ex-prefeito de São Paulo, o fez abrir as portas do governo para Flávio, também estigmatizado, até então, em função do apoio à candidatura de Henrique Eduardo.
Ao propor a cobrança de royalties sobre a energia eólica, ele atraiu a reação da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeólica), que credenciou para falar em seu nome um conselheiro potiguar, o jovem empresário Sérgio Azevedo, filho de Flávio e também presidente do Comitê de Energias Renováveis da Fiern. A pronta reação deste chamou em especial a atenção do deputado federal Fábio Faria, liderado e principal colaborador do pai, Robinson, no comando do PSD potiguar. Amigos de longa data, Fábio e Sérgio conversaram muito sobre a proposta de Cordeiro, concorrendo para que Robinson pessoalmente a desmontasse.
Surgiu aí o diálogo que se estuarizaria no convite para Flávio imprimir conceitos e valores mais locais ao comando da pasta, atrair e vetorizar investimentos privados no território potiguar e criar novas perspectivas para abrir o leque de atrações local. De quebra, também tende a reforçar iniciativas visando ampliar o arco de agremiações políticas que apóiam Robinson.
Atraindo Wilma
Para pousar aí, Flávio se revelou piloto de uma filiação partidária complexa. É ligado à vice-prefeita de Natal, a ex-governadora Wilma de Faria, presidente regional do PSB, e não a Henrique Eduardo. Só por força de circunstâncias e interesses comuns a ele e a Wilma e ao PMDB, terminou filiando-se a esta legenda, em 2013, para coadjuvar a presidente do PSB como candidato a suplente de senador.
Desde um pouco antes da divulgação da nomeação de Flávio circulam em Natal informações sobre uma reaproximação entre Robinson e Wilma, que apoiou Henrique Eduardo. A se confirmar, este processo poderia transformá-la em candidata do Governador à sucessão do prefeito Carlos Eduardo Alves, que preside o PDT no Rio Grande do Norte.
Tal escolha completaria o escanteio que há meses Robinson aplica à candidatura do deputado estadual Fernando Mineiro (PT), que ele próprio inventou em dezembro, entre sua vitória e a posse na governadoria. A queimação desta, a propósito, é tamanha que, sem fechar com Wilma, Robinson já ofereceu a candidatura a prefeito de Natal a vários outros políticos, do deputado estadual Kelps Lima (SDS) ao vereador Luiz Almir Filgueira Magalhães (PV), passando pelo advogado Luiz Gomes, presidente regional do PEN.  
Aeroporto
O que mais se espera de Flávio, entretanto, é a transformação da sua Secretaria em grande instrumento do desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte. Quanto a este objetivo, Flávio entra em campo em momento particularmente delicado, no qual o Rio Grande do Norte disputa com Ceará e Pernambuco a sede do centro de conexões de vôos da Latam.
É preciso reforçar as vantagens que o aeroporto potiguar, o Aluizio Alves, em São Gonçalo do Amarante, oferece sobre os de Fortaleza e Recife, mas não se pode olvidar a necessidade de o Rio Grande do Norte montar uma estratégia para também vencer a disputa no campo político. Há poucos dias a presidanta Dilma Rousseff mostrou que tomou partido pelo Ceará ao nomear um genro do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do governo no Congresso Nacional, para a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Por coincidência, Flávio é um dos norte-rio-grandenses que mais estudaram a questão aeroportuária potiguar, pois, como presidente da Fiern, se empenhou muito para consolidar a construção do Aluizio Alves, inclusive procurando no exterior potenciais investidores para construí-lo numa Parceria Público-Privada (PPP). Um dos sonhos que acalentava na época era exatamente transformar o terminal aeroportuário de São Gonçalo num HUB não apenas de uma transportadora, mas para praticamente todo o sistema mundial de aviação.
Constrangimento
O principal caminho de que dispõe para entrar nesse jogo é sua amizade com o empresário pernambucano Armando Monteiro Neto, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e ex-presidente da CNI. Uma associação de esforços que este compartilhe com o titular da pasta das Cidades, engenheiro Gilberto Kassab, da pasta das Cidades, que preside o diretório nacional do PSD, o partido de Robinson, pode, aos olhos da Governadoria, exercer uma grande força a favor do aeroporto potiguar.
O novo Secretário não conta com o aval de Henrique Eduardo.
Não se sabe ainda se nesta ofensiva Flávio contaria com o apoio concreto do ministro do Turismo, o ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente do PMDB potiguar, que até poucas semanas atrás mostrava agir em paralelo a Robinson em defesa do aeroporto de São Gonçalo, batizado em homenagem a seu pai, Aluizio, que foi um dos maiores líderes políticos que o Rio Grande do Norte conheceu em toda a sua história.
Ao comunicar a Henrique Eduardo a aceitação do convite formulado pelo Governador, Flávio recebeu uma recomendação constrangedora, no sentido de se licenciar do PMDB para deixar claro que a legenda não endossaria sua nomeação. Amigos comuns aos dois asseguram que o Ministro nunca pediu idêntico afastamento a correligionário que assumiu cargo em governo que o PMDB não apoiava, e muito menos exigiu o licenciamento do deputado federal Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara Federal e um dos principais responsáveis pela sua chegada à pasta do Turismo, quando este anunciou seu rompimento com Dilma.
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(150803 às 11h22m).

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Nomeação de jabuti ameaça vinda do HUB para São Gonçalo

A nomeação de um genro do senador Eunício Holanda (PMDB-CE) para a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o desinteresse que o ministro do Turismo, ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), aparentemente passou a demonstrar quanto à defesa do aeroporto Aluizio Alves, na Grande Natal, estão sendo apontados em Brasília como sintomas da escolha do Pinto Martins, em Fortaleza, pela presidanta Dilma de Faria, para acolher o centro de conexões de vôos que a Latam pretende implantar numa região metropolitana do Nordeste.
Necessitando de apoio no Congresso, Dilma optou pelo Ceará,....
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ROBERTO GUEDES
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Ninguém do Rio Grande do Norte se surpreenda se a partir desta semana, quando se reunirá com os governadores daqui, do Ceará e de Pernambuco, a diretoria da Latam começar a desacelerar o processo de escolha do aeroporto que pretende transformar em centro de conexões de vôos (HUB, sigla em inglês) do Norte e Nordeste e aos poucos sua tendência, hoje aparentemente favorável ao Aluizio Alves, em São Gonçalo do Amarante, na grande Natal, começar a se inclinar para o Pinto Martins, em Fortaleza, graças a forças políticas que a fazem convergir para o Estado vizinho.
Um dos novos vetores do processo em benefício do Ceará é a entrada em campo, para valer, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que não se havia pronunciado a respeito. Isto pode estar afastando do Rio Grande do Norte um investimento direto de 4,8 bilhões de reais, da mesma forma como esta unidade federativa perdeu a refinaria de petróleo que virou chafurdo na região metropolitana de Pernambuco.
O que faltava para que esta idéia começasse a se cristalizar entre natalenses que observam com preocupação o processo em curso aconteceu há poucos dias, quando Dilma nomeou o alencarino Ricardo Fenelon Júnior, um jovem de 28 anos, com apenas quatro de bacharelado em direito, para integrar a diretoria da Anac.
Apontado em Brasília como inexperiente para o cargo, ele avulta em seu currículo o fato de ser casado há pouco mais de um mês com uma filha do senador Eunício Oliveira (CE), o líder do PMDB na câmara alta do país. 
Esperar bom tempo
A advertência chega a Natal pouquíssimos dias antes de a presidente da Tam, engenheira Cláudia Sender, conversar separadamente com os governadores Robinson Faria, Camilo Santana, do Ceará, e Paulo Câmara, de Pernambuco, a fim de lhes mostrar a escolha que lhe teria sido aconselhada por uma empresa de consultoria, a inglesa Oxford Economics, que andou pesquisando “in loco”, nos três estados, a serviço da transportadora.
Os informantes garantem que, longe de reforçar argumentos que favoreceriam o Rio Grande do Norte, Cláudia Sender deverá mostrar-lhes que passou a ponderar mais o agravamento da crise econômica que na semana passada forçou a Tam a eliminar muitos vôos.
Sinais de retração, os indicadores econômicos que vieram a público na semana passada, então, teriam recomendado à Tam diminuir a velocidade com que vinha desejando aterrissar logo no HUB nordestino. A própria concorrência internacional reforçaria este discurso: há poucos dias, a norte-americana United Airlines, que está por trás dos novos donos da Tap, suspendeu 3,5 mil vôos no mundo. Ligada à brasileira Azul, ela também estaria, até então, na iminência de escolher um aeroporto nordestino para ter um centro de conexões de vôos na região, engavetando o projeto ao perder contato com a torre de comando da economia brasileira.
Cláudia deverá dizer que sua corporação resolveu esperar que a economia nacional aponte para a volta de bons tempos para assegurar um mínimo de segurança para quem pretende fazer grandes investimentos.
Ganhando tempo
Se assim fizer, Cláudia Sender terá dado aos cearenses, o tempo de que precisariam para reverter o que aos potiguares parecem ser trunfos do Aluizio Alves. A esta altura, a disputa mostraria as regiões metropolitanas de Natal e Fortaleza numa gangorra, de sorte que a subida da capital alencarina corresponde à perda pela potiguar. No caso, também, em decorrência da notícia incapacidade que a classe política daqui cultiva de não se unir pelos objetivos comuns à terra. 
Fontes de Brasília atribuem a inclinação de Dilma pelo Ceará ao fato de estar dependendo muito do Senado para barrar o processo de “impeachment” que parece estar se projetando contra ela a partir da câmara federal. Detentor de mandato eletivo na casa e principalmente pela liderança institucional que exerce ali, Eunício assume nesta hora papel de suma importância.
Não há termos de comparação entre a força que Eunicio pode exercer sobre Dilma com a que se poderia esperar de um ministro de Estado que não chegou ao círculo mais próximo à presidência, caso do ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente do PMDB e desde abril titular da pasta nacional do Turismo, que até muito recentemente pareceu ser o principal defensor da atração do empreendimento para o aeroporto potiguar.
Nem se falam
...agradando a Eunício Oliveira, líder do governo no Senado, em...
Além de não se haver destacado no apoio ao vice-presidente Michel Temer na condução da articulação política almejada por Dilma, pesa contra Henrique Eduardo a condição de demissível “ad nutum”.
Os mesmos informantes dizem, também, que o enfraquecimento do Rio Grande do Norte decorre, exatamente, de uma diferença fundamental entre as capacidades que os políticos daqui e do Ceará alimentam quanto a se unir em torno de objetivos comuns aos seus conterrâneos. Enquanto Henrique Eduardo e Robinson fazem questão de sugerir que agem em paralelo em defesa do aeroporto potiguar, sem sequer se falarem, os adversários internos no Ceará se uniram pelo Pinto Martins. 
Grandes investimentos
Decididamente, pela grandiosidade própria do negócio e por sua capacidade germinativa, esta escolha não deveria ser um tipo de eleição de vereador em que o Rio Grande do Norte se divide eternamente. Como tem sido dimensionado, o HUB da Latam tem capacidade para gerar entre oito mil e doze mil empregos na unidade federativa em que pousar e ainda pode se transformar em chamariz para outros investimentos na área aeroportuária.
Pelo menos duas grandes corporações conectadas internacionalmente tendem a escolher um aeroporto nordestino para HUB logo após a Latam. São a portuguesa Tap, agora controlada por um consórcio norte-americano com forte presença de empresário brasileiro, e a argentina Corporacion América, que comanda 53 aeroportos, inclusive, desde o início deste ano, os do Rio Grande do Norte e o de Brasília.   
Neutralizando Henrique
É aparelhada pelos cearenses e pela bancada do PMDB no Senado que a Anac chega a esta pista. Pelo que se diz em Brasília, ela foi transformada em instrumento a favor do Ceará na mesma hora em que se começou a ouvir na praça dos Três Poderes a suspeita, senão a certeza de a presidanta Dilma Rousseff havia garantido a políticos do Ceará e do Senado que neutralizaria qualquer eventual pressão que o Ministro do Turismo exercesse em favor de São Gonçalo do Amarante. 
A nomeação do genro de Eunício teria recebido o beneplácito do governador Camilo Santana, filiado ao PT, e a partir daí Fenelon passou a ser escolha pessoal de Dilma. O que aproxima os partidos cearenses é colocar em cena um ator que pode fazer o jogo pender para o Ceará. A interveniência da Anac pode ensejar a oferta, explícita ou não, de apoio do governo federal à Latam em função do processo de privatização do Pinto Martins.
Assim como a Henrique Eduardo, esta ofensiva neutralizaria o principal argumento que, depois de conversar com gregos, troianos e macaibenses, quem estudou os trunfos de cada um dos três aeroportos em disputa em nome da Latam já apontou como vantagem para o potiguar. É o único já privatizado entre os três aeroportos em questão.
Comprar o aeroporto
O argumento remete a outro fato que favoreceria Fortaleza. Teria sido a inesperada inclusão do Pinto Martins entre os terminais aeroportuários que a União pretende privatizar. Dilma anunciou este propósito há alguns meses quando lançou o Programa de Investimento em Logística (PIL), um novo programa de investimentos idealizado como “revival” do Planco de Aceleração do Crescimento (PAC) que ainda não mostrou como transforma seu taxiar em decolagem. Nesse lançamento, aliás, Dilma negou, ao mesmo tempo, qualquer perspectiva de inversões no Rio Grande do Norte.
....detrimento dos potiguares, que assistem à imobilização do Ministro.
Ninguém se surpreenda se a Latam terminar se transformando na compradora do terminal alencarino, para o que os políticos potiguares também teriam contribuído ao não atrair objetivamente para sua posição o dono do Aluizio Alves, uma corporação com muito interesse em fazer decolar grandes projetos a partir do Aluizio Alves. Como se sabe, Robinson passou recentemente uma semana em Buenos Aires, sede da Corporacion América, e não a visitou.
Ministro silencia
Em Natal, fontes ligadas ao governo do Rio Grande do Norte, cujo titular é muito ligado ao ministro das Cidades, engenheiro Gilberto Kassab, também presidente nacional do partido de ambos, o PSD, vão mais longe. Dizem que Henrique Alves recebeu uma ameaça de perder seu cargo se não agisse pelo Ceará.
Avançando ainda mais, observam que há semanas o Ministro do Turismo não mostra empenho pela causa, a despeito de saber que o Rio Grande do Norte apresenta as melhores condições técnicas para acolher o Hub, consideradas a localização, a capacidade de expansão do aeroporto, o modelo de negócios e uma vantagem estatística: como salienta o Governador, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) desta unidade federativa, 0,684%, é superior à média do Nordeste e em especial às dos concorrentes. A do Ceará é 0,682 e a de Pernambuco é 0,673.
Além do mais, o Aluizio Alves, situado a quarenta quilômetros de Natal, é o único entre os concorrentes com pista preparada para aeronaves de grande porte, como o Airbus A380. Por fim, o Rio Grande do Norte teria sido o Estado que mais ofereceu à Latam: ao mesmo tempo em que o governo do Estado reduziu o Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o preço do combustível para a aviação, focando exatamente o HUB, a prefeitura de São Gonçalo do Amarante ofereceu incentivo fiscal exclusivo à Latam, com redução da alíquota de ISS de 5% para 2%.
Convênios com aliados
A despeito desse potencial, nas últimas semanas Henrique Eduardo parece menos interessado pelo HUB do que por pequenos convênios que sua pasta, apesar de financeiramente esvaziada por Dilma, continua a celebrar com prefeituras, significantes ou não, do Rio Grande do Norte. A maioria destas, segundo criticam adversários de Henrique Eudardo, é comandada por políticos que teoricamente apoiaram sua malfadada candidatura a governador em 2014. Esta conduta, aliás, já fez seus críticos dizerem que ele se transformou em “ministro municipal do Turismo”.
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(150803 às 10h49m).

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domingo, 2 de agosto de 2015

Laércio preside o Conselho de Educação

Laércio: posse na quarta-feira.
O professor Laércio Segundo de Oliveira, várias vezes ex-secretário de Educação do governo do Estado e da prefeitura de Natal, é o novo presidente do Conselho Estadual de Educação, órgão técnico normativo do sistema estadual de ensino, que tem, entre outras atribuições, as de acompanhar e avaliar o funcionamento de todos os estabelecimentos vinculados ao ensino básico sediados no Rio Grande do Norte.
Também é responsabilidade do conselho supervisionar as escolas de ensino superior pertencentes ao governo potiguar, a Universidade Estadual (Uern) e o Instituto Presidente Kennedy, devendo também passar a fazer este trabalho em relação à Escola de Governo, vinculada à secretaria estadual de Administração.
Laércio foi eleito na última sexta-feira, juntamente com o novo vice-presidente do colegiado, o padre João Medeiros Filho, devendo tomar posse na próxima quarta-feira, 5.
Ele havia sido nomeado havia poucos dias para integrar o colegiado, como sucessor do também professorLuiz Eduardo Suassuna, o “Coquinho”, na representação da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (Cnae), cuja diretoria nacional integra há anos.   
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(150802 às 17h22m).

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Fernando Freire aceita fazer delação premiada

Enquanto espera, preso desde a semana passada no quartel da Polícia Militar, que a justiça lhe conceda um “habeas corpus” requerido há onze meses, o ex-governador Fernando Freire estaria deixando de relutar quanto a entregar nomes de políticos e empresários envolvidos nas ilicitudes investigadas pela “Operação Gafanhoto”. Esta perspectiva mexe muito com a tranquilidade de empresários e outros políticos potiguares.
Novo defensor de Fernando, Fábio Holanda o....
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ROBERTO GUEDES
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A qualquer momento o ex-governador Fernando Freire celebrará com o ministério público estadual um acordo de delação premiada atraindo para o pólo passivo das ações ensejadas pela “Operação Gafanhoto” outros políticos e alguns empresários do Rio Grande do Norte que a seu ver deveriam compartilhar com ele todas as responsabilidades decorrentes das práticas pelas quais ele responde sozinho.
Seu procurador nesta ofensiva é o advogado Fábio Hollanda, que se pronunciou nesta sexta-feira, 30, anteontem, como seu defensor. Até então, constava que a defesa de Fernando estava confiada a um escritório de fora, cujo titular não o assistiu depois que ele foi detido, na praia de Copacabana, pela polícia do Rio de Janeiro. Mesmo depois de ser recambiado para Natal ele recebeu a assistência desse escritório.
Não ficar sozinho
Preso desde então no quartel general da Polícia Militar, em Natal, segundo consta porque o governador Robinson Faria quis que ele não fosse trancafiado num centro de detenção provisória, sem quaisquer privilégios, Fernando teria relutado quanto a recorrer à delação premiada mas cedeu aos argumentos de Fábio quanto à desnecessidade de responder sozinho pelo que imputam a um grupo de contornos ainda não plenamente conhecidos.
Fábio não confirma a intenção de recorrer à delação premiada e não adianta se alguém do ministério público demonstrou interesse por um acordo neste sentido. Desde que assumiu a causa, sua primeira meta passou a ser a soltura imediata do constituinte.
...convenceu a falar, para não responder - nem pagar - sozinho.
Lembrando que até agora Fernando só havia sido condenado a cumprir pena em regime aberto, ele salientou que sua prisão foi “desnecessária”, porque teve causa uma simples falta de atualização, nos autos, do endereço do réu. Ele espera que até amanhã a justiça julgue um pedido de “habeas corpus” protocolado por defensores de Fernando há onze meses.
Ele disse acreditar que seu constituinte será solto para aguardar o andamento do processo em liberdade. “É isso que indica a jurisprudência sumulada do Supremo Tribunal Federal (STF), que aduz poder recorrer em liberdade quem respondeu o processo em liberdade”, pontuou Fábio, em contato com um portal de informações local.
Políticos sofrem
A tranqüilidade exposta pelo advogado colide frontalmente com a preocupação que a possibilidade da delação premiada instalou entre políticos e empresários potiguares que de algum a forma interagiram com Fernando Freire enquanto vice-governador e mesmo durante o ano de 2002, quando assumiu a chefia do executivo potiguar em virtude da desincompatibilização do então governador Garibaldi Alves Filho (PMDB), que retornaria em novembro ao Senado, casa que presidiria logo em seguida e da qual saiu para chefiar por quatro anos o ministério da Previdência Social.  
Garibaldi foi dos poucos políticos que visitaram Fernando.
Garibaldi Filho, a propósito, foi um dos poucos amigos que Fernando ainda mantém na política potiguar que o visitaram na prisão, de onde saiu evitando tecer comentários. Políticos e operadores do direito que analisaram neste fim de semana a perspectiva da delação premiada acham que Fernando não o arrostaria para sua causa. Admitindo-se que ele terminasse assumindo alguma culpa, não teria como comprometer o senador porque este não teria sido ordenador de nenhuma das despesas que o ministério público investigou e apresentou à justiça.
Pio e Dadá
Por enquanto, somente teriam sido envolvidos com a “Operação Gafanhoto” o ex-deputado Vidalvo Costa, o “Dadá”, de Caicó, e o ex-vereador Pio Marinheiro, de Natal. Nesta capital, porém, desde a eclosão de denúncias contra Fernando Freire, muitos nomes têm sido citados à boca pequena, notadamente os de alguns secretários dos governos dele e de Garibaldi Filho e os de três ou quatro expoentes da comunidade empresarial local.
Um dos mais citados dos dois grupos fez questão neste domingo de circular ostensivamente para mostrar muita tranqüilidade em contraposição com o temor que lhe vinha sendo atribuído desde a prisão de Fernando. Seria um empreendedor que emprestou muito dinheiro a Fernando e depois ter-se-ia instalado num birô da secretaria estadual de Planejamento e Finanças para, “na boca do cofre”, ressarcir-se até quanto pudesse.   
Quanto a Garibaldi Filho, amigos comuns a ele e a Fernando Freire garantem que ele é grato ao parlamentar porque procurou ajudá-lo a vencer as dificuldades financeiras que o assoberbavam quando chegou à vice-governadoria. Teria sido uma interveniência direta do então governador Garibaldi Filho quem impediu que a sucessão de escândalos envolvendo Fernando o levasse à prisão logo no primeiro ano de gestão de ambos, quando um advogado do Rio de Janeiro desembarcou em Natal portando um cheque sem fundos assinado pelo na época vice-governador. O caso virou manchete de grandes jornais nacionais, mas uma química organizada em Natal em poucas horas transformou o cheque em dinheiro, levando silenciosamente o advogado de volta para o Rio de Janeiro. 
Viabilizada graças a fortes influências em órgão da administração indireta e à participação de uma pequena empreiteira controlada por um político oestano que na época estava na Assembléia Legislativa, esta operação não teve nada a ver com a "Gafanhoto".  
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sábado, 1 de agosto de 2015

PRF prende deputado

Deputado Carlos Augusto é conduzido preso por desacato a PRF em Caicó-RN

01 Ago
10:08 2015
Da redação

Policiais rodoviários federais prenderam na madrugada deste sábado (1), no municípo de Caicó, o deputado estadual Carlos Augusto Maia, do PT do B, do Rio Grande do Norte.
O motivo, segundo a polícia, teria sido por desacato a um agente federal.
O inspedor Roberto Cabral, da PRF, informou que Carlos Augusto ia saindo de uma festa de Aviões do Forro na AABB, de Caicó, quando foi abordado pela equipe da PRF na BR fazendo uma blitz exatamente com o objetivo de evitar acidentes. O deputado, aparentando embriaguês, teria proibido o motorista de sair do carro para fazer o exame de alcolemia. Daí começou a confusão.
Testemunhas relataram que o deputado teria tentado tirar satisfação de um policial rodoviária federal, no momento em que este solicitou exame de bafômetro no motorista do carro dele e filmava a ocorrência.
Carlos Augusto recebeu voz de prisão, apesar de ter dito aos gritos que era deputado e tinha imunidade parlamentar. Inlcusive teria chegado a ser algemado para ser contido. Ele foi levado à Delegacia de Polícia Civil de Caicó, onde foi recebido pelo delegado Helder Carvalhal.
Por telefone, os agentes civis disseram que o deputado foi liberado por ter imunidade parlamentar. O delegado Carvalhal informou que ao concluir o procedimento deve enviar ao Ministério Público Federal para que sejam adotadas as medidas cabíveis.
O MOSSORÓ HOJE tentou contato com o deputado, mas não obteve êxito.
Em nota divulgada por volta do meio dia, o deputado estadual Carlos Augusto diz que os policiais rodoviários federais utilizam abordagens a pessoas públicas para se promoverem, de forma irresponsável.

Confira:

"Sobre o incidente ocorrido na madrugada deste sábado (01), em Caicó, o deputado Carlos Augusto Maia declara que não estava ao volante e que seu motorista não estava alcoolizado, conforme revelou o bafômetro, e que todos os documentos do veículo assim como do motorista estavam em conformidade com as leis de trânsito.

Carlos Augusto diz que respeita o trabalho realizado pela PRF, mas não concordou com a abordagem adotada pelos agentes, na ocasião, e, como cidadão, achou que deveria questioná-la.

Questionamento esse que foi mal recebido pelos policiais.

O parlamentar lamenta que a abordagem a pessoas públicas esteja sendo usada para promover de forma irresponsável o trabalho deles. Ele acredita que o trabalho já tem o respeito da população e dispensa esse tipo de artifício.

De todo modo, Carlos Augusto defende que a população questione sempre que o serviço público esteja sendo prestado diferente de como deve ser"

Sei Seca flagrou 31 dirigindo embriagados no Seridó
Policiais do 3º DPRE sob o comando do Capitão Albervan Cirne, em parceria com a equipe da “Lei Seca”, que tem a frente o Capitão Styvenson Venlentin, realizaram operações em diversos pontos da cidade de Caicó, na noite de sexta-feira (31 de julho), e na madrugada deste sábado (01).
Na oportunidade diversos comandos foram realizados com a intensificação da fiscalização ao crime de “embriaguez ao volante”. Ao todo 31 motoristas foram flagrados e autuados no referido crime, sendo 5 no teste do bafômetro e 26 que mesmo se recusando a realizar o exame foram devidamente autuados.
Os casos foram encaminhados para a Delegacia Móvel presente nos festejos locais, para que a autoridade policial pudesse autuar na legislação vigente.
As ações continuarão durante todo o sábado e amanhã, domingo, em conjunto com às duas guarnições.
O caminhão do CPRE que faz o transporte para Natal, de motos apreendidas, está em Caicó. (Do Blog de Sidney Silva)

Natal volta a ter espaço para registro de mortes

Surge no Facebook um grupo destinado a publicar informações sobre potiguares que chegam a óbito, como faziam antigamente as emissoras de rádio, ajudando as famílias enlutadas a convidar para velórios, missas de corpo presente, sepultamento, missa de sétimo dia e outras realizações a título de exéquias.
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ROBERTO GUEDES
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A região metropolitana do Rio Grande do Norte já está voltando a contar com um veículo para que famílias enlutadas comuniquem aos conterrâneos as perdas sofridas, convidando-os para velórios, cerimônias religiosas de corpo presente, sepultamento e missas de sétimo dia, no caso da maioria católica local, a exemplo do que dispôs, até uns dez anos atrás, por intermédio de emissoras de rádio.
O novo espaço está na rede social Facebook. Trata-se de um grupo de internautas, aberto à participação de quem quiser integrá-lo, no qual as pessoas podem livremente promover suas postagens. Criado há poucos meses, o grupo se chama “Nota de Falecimento RN” e pode ser acessado através deste “link”:
Não se trata de um informativo vocacionado para a difusão de notícias agradáveis, mas tornou-se necessário para que os potiguares saibam que companhias estão perdendo, que famílias estão sofrendo e como podem prestar solidariedade.
Antigamente, em Natal e seu entorno, era fácil acompanhar esses acontecimentos porque imediatamente após o óbito as famílias faziam divulgar notas de falecimento através das emissoras de rádio. A modernização destas, com a quase completa automatização de seus estúdios e programações, inviabilizou a preservação deste hábito, de modo que muitas vezes os amigos só têm notícia do desencarne de um conterrâneo vários dias ou semanas depois, quando lhe chega a comunicação pessoa a pessoa.
Como participar
Entrando no grupo “Nota de Falecimento RN”, o internauta terá condições de receber as informações a medida em que os familiares veicularem nele os registros das infaustas ocorrências.
Por enquanto, quem quiser entrar no “Nota de Falecimento RN” deve pedir-lhe o acesso, porque até agora seus criadores não conseguiram transformá-lo em público, como almejam, devido a restrições opostas pela gestão do Facebook.
Os criadores do “Nota de Falecimento RN” querem até que os demais participantes indiquem o grupo a seus amigos, para que também estes possam compartilhar as informações nele divulgadas, bem como transmitir as de que tenham conhecimento a respeito de falecimento de conterrâneos.  
E aos que se virem na contingência de divulgar os acontecimentos, orienta no sentido de veicular as informações com a máxima clareza, sempre que possível ilustrando-as com fotos do ente que deixou a vida presente e enriquecendo-as com os depoimentos que lhes ocorrerem sobre o falecido.  
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(150801 às 11h47m).

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Ampern deverá reagir ao corte promovido pelo Procurador

Atingidos pelo corte anunciado pelo Procurador Geral se reuniram ontem, na sede da Apern, para estudar as medidas que podem adotar com o objetivo de impedir a suspensão do pagamento da Parcela Autônoma de Equivalência (Ampern), que a instituição ainda deve a 61 de seus agentes. O corte foi determinado pelo procurador geral, promotor Rinaldo Reis, que já havia recebido integralmente o que lhe cabia da PAE.
Rinaldo cortou para os colegas uma gratificação que já havia recebido.
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ROBERTO GUEDES
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A Associação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (Ampern) deverá se manifestar estes dias contra o corte de 93% que o procurador geral de justiça, promotor Rinaldo Reis, decidiu impor à Parcela Autônoma de Equivalência (PAE) devida aos integrantes do “parquet” que, diferentemente dele, ainda não a haviam recebido integralmente.
O problema foi analisado em reunião que agentes do ministério público mantiveram nesta sexta-feira, 31, ontem, na sede da Ampern, quando ficou demonstrado que Rinaldo não escolheu a melhor medida ao anunciar providências visando promover cortes no orçamento da Procuradoria para este ano, em atendimento a pedido que recebeu do governador Robinson Faria.
“Ele tinha possibilidade de remanejar verbas de outras rubricas com o alcance do percentual devido, de 7%, sem a necessidade de parar de pagar o atrasado da PAE devida a 61 membros mais antigos da instituição”, disse ao Blog de Roberto Guedes um participante da reunião.    
Uma alternativa seria reduzir investimentos na construção de sedes próprias para o Ministério Público.   
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