sexta-feira, 24 de abril de 2015

Prefeitura não evita investigação contra Raniere

Klauss topa procurar agência e ministério público para...
A prefeitura de Natal não conseguiu inibir os esforços com que o vereador Klauss Araújo (PP) tenta há várias semanas instalar na câmara municipal uma comissão especial de inquérito para investigar suspeitas de irregularidades no recebimento e na aplicação, por parte da secretaria de Serviços Urbanos (Semsur), dos recursos provenientes da taxa cobrada para a iluminação pública no período em que a pasta era comandada pelo seu colega vereador Raniere Barbosa (PSB), novo líder da situação na casa.
O mais recente esforço foi o envio a Klauss, pela Semsur, de um relatório em resposta a um questionários que ele lhe havia enviado a respeito da gestão operacional e principalmente financeira da Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública dos Municípios (Cosip), cobrada pela prefeitura.
Logo após receber o relatório, Klauss disse ao “Blog de Roberto Guedes” que as informações contidas no documento são altamente insatisfatórias e que a manobra o estimula a avançar na tentativa de investigar o problema a fundo.
Acrescentou que aguarda melhores informações em relatório que pediu à Companhia Energética (Cosern) e que se mesmo este lhe parecer aquém do almejado prosseguirá na busca, procurando em outras fontes, nas quais acredita que encontrará mais isenção do que na Semsur.
Corrupção
O vereador deseja obter o que for possível na Agência Reguladora de Serviços Públicos do Rio Grande do Norte (Arsep), que destaca em seus objetivos “promover e zelar pela eficiência econômica e técnica dos serviços públicos”, “proteger o usuário contra abusos” e “fornecer subsídios aos processos de reajustes, revisão e definição de tarifas para os serviços”. O vereador já procurou conversar a respeito com a nova presidente da Arsep, engenheira Kátia Maria Cardoso Pinto, que foi secretária de Obras no governo Rosalba Ciarlini, mas ainda não formalizou um pedido sobre a Cosip.
Klauss também pensa em bater às portas do Tribunal de Contas do Estado, do ministério público de Contas e dos ministérios públicos estadual e federal.
O centro do problema é o fato de a administração da Cosip, segundo servidores denunciaram a Klauss, estaria eivada de vícios, cheirando mesmo a corrupção e possibilitando uma condenação capaz de afastar o gestor, no caso Raniere, do mundo eleitoral.
Este é o mal que Raniere e o prefeito Carlos Eduardo Alves, presidente regional do PDT, mais querem evitar, pois o vereador está na agulha para ser o grande puxador de votos para a legenda, se tentar a reeleição, ou, melhor ainda, candidatar-se a vice-prefeito como coadjuvante do burgomestre, desviando dessa rota a atual vice-prefeita Wilma de Faria, líder estadual do PSB.
Joanilson cedeu
O risco de Raniere perder a condição de votar e ser votado é a mais forte explicação para o fato de há várias semanas a prefeitura se empenhar em inibir o sucesso da ação investigatória. Como parte deste esforço, Raniere deixou há quinze dias a Semsur para retornar à câmara, onde teria melhores condições para desfazer os êxitos que seu colega vinha acumulando contra ele.
Apesar da forte cobertura ombro a ombro que Raniere tem feito junto aos demais edis, Klauss chegou a contabilizar a aposição de dez assinaturas no requerimento que pede a criação da comissão. Regimentalmente, este é o número mínimo para a instalação de comissão de inquérito na casa.
Enquanto Klauss comemorava este sucesso, porém, Raniere convenceu o colega Joanilson de Paula Rego, presidente da comissão de ética da câmara e do diretório regional do PSDC, a passar uma borracha na sua rubrica.
Pecado original
O recuo do PSDC chegou a disseminar em Natal a notícia de que o investigador teria desistido do projeto. Klaus assegura, entretanto, que está ainda mais confiante no êxito da investigação.
...investigar a gestão do tributo pelo colega Raniere Barbosa.
Na sua visão, o relatório da Semsur tem o pecado original de ter sido produzido pessoalmente por Raniere, ainda quando comandava oficialmente a pasta, ou por uma equipe sob sua orientação, pois desde a exoneração ele pilota a repartição “por controle remoto”.
Esta questão foi melhor elucidada pelo próprio alvo da investigação. “Inclusive, já enviei todo o balanço com documentos por se tratar de uma verba vinculada anexo 06 da fonte 127”, disse Raniere, ainda secretário, há cerca de quinze dias.
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